Homem múltiplo

Até dia 6 de Abril fica no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a Exposição "Gringo Cardia de todas as tribos". O próprio nome da exposição já revela a variedade de trabalhos do artista, tanto em relação a projetos e clientes, quanto mídias utilizadas e estilos. Na primeira sala da exposição, o visitante pode se familiarizar com alguns objetos do artista, referências imagéticas e textuais de toda ordem. E depois, no decorrer da visita, percebe como essas referências se manifestaram nos trabalhos. Há, por exemplo, dentre seus pertences, um livro de contos eróticos. É impossível não perceber a semelhança entre os desenhos da capa do livro com os desenhos feitos para o álbum "Barulinho Bom", de Marisa Monte. Rabiscos em cadernos e outros pedaços de papel nos dão a noção do processo de criação.

Dentre todos os "microambientes" disponíveis na exposição, o que mais me chamou a atenção foi a sala onde estão as maquetes dos palcos desenvolvidos para shows e peças teatrais. Senti como se entrasse na cabeça do artista. As paredes, teto e chão são recobertos com seus desenhos feitos à mão, e o efeito da luz refletindo nas paredes brancas criou o ambiente mais iluminado da exposição. É ao mesmo tempo o momento de concepção e de materialização.

Mais sobre a exposição em http://www.palaciodasartes.com.br/agenda/detalhes.aspx?IdAgenda=259

Arco Sinalizações

A Arco Sinalizações explora as diversas possibilidades de comunicação, como mapas e pisos, comunicação tátil e indicação sonora. A empresa mostra que é possível produzir uma sinalização que interaja com o ambiente e que permita a integração social de pessoas portadoras de necessidades especiais. Esse tipo de sinalição pode ser interessante para criar estímulos que vão além da visão e podem ser interessantes para enriquecer espaços comerciais. Quem estiver afim de dar uma conferida: http://www.arcomodular.com.br/portugues/

Sinalização no Parque da Pampulha

Em Belo Horizonte, existem casos interessantes de sinalizações que acabaram por dar uma identidade ao espaço que pertencem. O caso mais recente e significativo é o do Parque Ecológico da Pampulha que possui uma linguagem muito própria obtida através dos materiais explorados, o traço dos ícones, o posicionamento das placas e sua relação com o espaço.

A proposta de Mariana Hardy e Fernando Maculan teve grande repercussão e ganhou diversos prêmios inclusive internacionais, porém não explora de modo profundo possibilidades alternativas de sinalização para cegos, ou de experimentação sensorial, mas sua linguagem é extremamente condizente com a arquitetura do lugar e com a proposta espacial do Arquiteto Gustano Penna. O projeto abrange ainda a transposição da sinalização e linguagem visual para os materiais gráficos relacionados ao parque, como folders, flyers, cartazes, etc. Acredito que dentro do espaço que perseguimos a sinalizaçao e demais informaçoes graficas também podem estar intimamente ligadas a personalidade do projeto

Museu de aromas

Aberto em 2004, em Curitiba, o Museu do Perfume possibilita aos visitantes conhecer um pouco da história da civilização e da perfumaria a partir de aromas e cheiros. Além de informações textuais e imagéticas, o museu propõe uma experiência mais completa durante a visitação, disponibilizando totens emanadores de aromas. Você pode mergulhar nos aromas do Egito Antigo ou, se preferir, sorver as essências do Oriente.

As cores também tem papel importante no projeto deste ambiente, já que cada ambiente possui tonalidades específicas em acordo com a fragância a ser experimentada. A visita termina em uma sala multi-sensorial, onde o público assiste vídeos e simultâneamente sente aromas referentes ao tema do filme.

Através dos cheiros, somos levados para outros lugares. Podemos nos transportar para outro lugar do mundo ou mesmo para outro momento de nossas vidas. São conexões que ultrapassam o ambiente visitado e caminham em direção a uma experiência que envolve todos os sentidos.

Nivaldo Vitorino é o arquiteto autor do projeto museográfico. A produção, construção e montagem foi feita pelo Estúdio Votupoca.

Mais fotos e informações em http://muhpe.wordpress.com/. Vale a pena ler e ver. Cheirar só se for pessoalmente. Por enquanto...

Señalética...

Então pessoal, encontrei essa informação qdo fui procurar por "design gráfico-ambiental" no google. Trata-se de uma dissertação de mestrado que cita o livro "Señalética" - de Joan Costa. Constitui-se de uma disciplina técnica que colabora com a engenharia da organização, a arquitetura, o ambiente e a ergonomia, sob o vetor do design. Anyway...

http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/cgi-bin/PRG_0599.EXE/11097_4.PDF?NrOcoSis=35885&CdLinPrg=pt