Anny’s
A vitrine tem uma quantidade de mercadorias muito grande para o espaço físico permitido para exposição, o que dificulta a visualização dos modelos e a compreensão dos cortes das roupas e do perfil da loja. O uso dos modelos em apenas três cores (vermelho, cinza e branco) torna a composição monótona e leva a crer que dentro da loja não haverão outras cores de produtos para a comercialização.
As etiquetas escritas a mão retiram a credibilidade do produto que é associado a uma produção artesanal e não em escala industrial, além de dificultarem a leitura por falta de contraste entre as cores e de poluírem visualmente os modelos.
Na composição da vitrine há a tentativa de exploração de um grafismo e de isolamento da vitrine com a parte interna da loja para diminuir o ruído na leitura das formas das roupas.
CeA
A CeA é uma rede de lojas consolidada no mercado e referência para as lojas de departamento em geral. Nessa vitrine podemos observar que a linguagem não é muito conceitual, mas explora a sazonalidade do comércio.
Os manequins estão dispostos de modo a enfatizar a combinação de roupas escolhida pelos vitrinistas, mas se confunde com o colorido das roupas da parte interna da loja, o que faz com que o observador não tenha um ponto de fixação e não seja seduzido imediatamente diante de tanta profusão.Os materiais gráficos utilizados são Ploters de impressão digital a quatro cores, que também se confundem com os produtos expostos dentro da loja.
O apelo mais forte da vitrine é a forma de parcelamento, ou seja, a loja não tem um perfil de investimento em aspectos mais conceituais, ou baseados no estilo de vida do público, mas se preocupa com o nível econômico dos compradores.
Jey
Do mesmo modo que anterior, a Jey é uma loja bastante direcionada a um público de classe média e classe media baixa. A vitrine é um pouco mais conceitual, trabalha um grande pôster que tenta traduzir um estilo de vida, mas do mesmo modo apela para o bolso do consumidor e
A escolha das roupas procura fazer uma composição com variações tonais de uma mesma cor, o que acaba tornando a vitrine equilibrada, mas monótona. Os ploters de recorte utilizados para a transferência de informações parecem não ter sido pensados dentro da mesma lógica cromática das roupas e da imagem e destoa do resto da composição, bem como a sua altura de aplicação que cobre grande parte dos manequins.
A quantidade de mercadorias exposta também prejudica a compreensão do corte e das combinações feitas nos manequins. As etiquetas de preço são pouco discretas e também criam pontos de tensão na composição, criando uma nuvem de pontinhos cor-de-rosa-choque.
Renner
A Loja tem um perfil mais ligado ao estilo de vida do consumidor. São expostos apenas 3 manequins, cada um traduzindo um “estilo” de vestir. Cada modelo exposto é associado a um tipo de mãe descrita no discurso dos banners. Através dessa conexão a loja cria uma linearidade e dá limpeza a sua fachada permitindo leitura das mercadorias tanto pelo observador posicionado próximo a vitrine como aquele localizado do outro lado da rua. Essa estratégia aumenta as chances de captar olhares perdidos no espaço urbano que cerca a própria loja.
Como as soluções anteriores a vitrine também aborda a promoção e o preço, mas eles são dispostos de modo discreto, mas que podem ser lidos com facilidade pela ausência de profusão na composição.